segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Casarão

Conforme o ato de doação do antigo casarão da família Alberto Torres, feito em 1981 por Maria Alberto Torres, após o seu falecimento, em 1985, o local e seu acervo passaram a pertencer à Fundação Pró-Memória, ou seja, ao IPHAN. Durante alguns anos, o casarão permaneceu fechado, até a Prefeitura de Itaboraí - autorizada pelo IPHAN - ocupar o local com seu respectivo órgão de cultura. Isto permitiu que tanto as dependências quanto o importante acervo mobiliário, bibliográfico e artístico das irmãs Alberto Torres recebessem a atenção merecida. Em 1995 foi concluído o primeiro trabalho de reforma completa do casarão.Somente neste ano, a Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres pôde receber visitação em todas as suas dependências, inclusive com acesso a parte do acervo bibliográfico, composto principalmente por obras de antropologia, sociologia e política. O acervo de móveis, em sua maioria remanescentes do período colonial brasileiro, constitui-se também numa atração para os visitantes. O destaque é para a coleção de oratórios, com diversas imagens religiosas de santos católicos.Neste ano, através de convênio com o Ministério do Meio Ambiente, foi realizada uma ampla revitalização dos jardins da Casa de Cultura, projeto que teve o apoio da Fundação Jardim Botânico. Centenas de novas mudas, especialmente de flores, foram plantadas no local, respeitando a disposição original dos canteiros e bancos. As árvores foram podadas e um novo gramado plantado no local. Os jardins da Casa são utilizados para a realização de shows e eventos.A Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres também mantém abertos para visitação, com a realização de exposições temporárias de artes plásticas, fotografia e artesanato, dois salões no andar térreo, sendo o principal espaço do gênero em Itaboraí nas últimas duas décadas. Lá também são realizados cursos e palestras.
Por William Mendonça