segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Alberto de Seixas Martins Torres (1865-1917)


Sociólogo e jornalista itaboraiense, nascido em 26 de novembro de 1865, Alberto de Seixas Martins Torres é considerado um dos expoentes da política brasileira do início da República, e exerceu a presidência do Estado do Rio de Janeiro no período entre 31 de dezembro de 1897 e 31 de dezembro de 1900. Casado com Maria José Xavier da Silveira, teve três filhos – Alberto Torres Filho, Maria Alberto Torres e Heloísa Alberto Torres.

Iniciou seus estudos no Rio de Janeiro, no Internato Estrela Condutora. Muito jovem, em 1880, atendendo ao pedido do pai, matriculou-se na escola de Medicina, cursando apenas dois anos. Abandonou o curso e mudou-se para São Paulo. Lá, matriculou-se na faculdade de Direito e iniciou sua atividade jornalística, colaborando com jornais como o CAIÇARA, A IDÉIA, O CONSTITUCIONAL e A REPÚBLICA.

Após se formar em Direito, Alberto Torres regressou ao Rio de Janeiro, trabalhando como advogado no escritório de dois renomados profissionais, doutores Tomás Alves e Ubaldino do Amaral. Em 1889 foi nomeado promotor público, mas não aceitou. No mesmo ano, foi candidato a deputado pelo quarto distrito, sendo derrotado.

Casou-se em 1890. Sua trajetória na vida pública seguiu com a eleição para deputado estadual, em 1891, e federal, em 1894. O então presidente Prudente de Morais nomeou Alberto Torres Ministro da Justiça, entre 1896 e 1897. Após exercer o cargo de presidente do Estado do Rio, foi nomeado, em 1900, Ministro do Supremo Tribunal Federal, ficando no cargo até 1909.

Suas principais obras foram “O problema nacional brasileiro”, “A organização nacional”, “Vers la Paix” e “Le problème mondial”. Foi membro da Academia Brasileira de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Em 1917, faleceu no Rio de Janeiro, aos 52 anos. Seus restos mortais foram transferidos posteriormente para o Cemitério de Porto das Caixas, em Itaboraí. - Por William Mendonça